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segunda-feira, 30 de junho de 2014

OPINIÃO: Seguro deixa apenas isto: terra queimada!

Por: Anabela Melão
Ouvi, entreabrindo já a boca de sono, uma coisita que Seguro veio agora a dizer, querendo apanhar o comboio para qualquer que sitio, excepto para o apeadeiro que é o que convém à sobrevivência do PS, sobre a renegociação da dívida: «Como é sabido há um consenso nacional e quem tem estado fora desse consenso é o Governo. Espero que o Conselho de Estado ajude e contribua para que o Governo entre para dentro deste consenso nacional e que possamos todos fazer o possível para aliviar os sacrifícios dos portugueses através de uma renegociação do pagamento da nossa dívida. Nós queremos pagar, queremos é melhores condições para o fazer». 
Evidentemente, engano seu, falácia sua, não existe qualquer «consenso nacional» sobre a matéria. Mas aquilo que houve de mais próximo, um verdadeiro consenso patriótico em torno da necessidade de reestruturar a dívida, foi o Manifesto dos 74. 
E convirá não esquecer que ToZé nem se deu ao trabalho de se pronuncair sobre o documento, talvez porque não tenho vindo directamente do Laboratório em que juntou os maiores idiotas do Rato, num esforço conjunto de parirem uma só ideiazita que fosse, para tuga ver. Álvaro Beleza falou em nome do partido - alguém fala sempre em nome de seguro dada a uma deficiência qualquer que lhe terá ficado de criança conhecida como "o gato comeu a língua - e, mostrando-se muito aborrecido com os seus subscritores, o mais que se lembrou foi o de lhes lhes fazer um convite jocoso de adesão ao Novo Rumo: «Podem inscrever-se». Foi a coluna vertebral do caracol - marca do mandato de seguro à frente dos ratos - que um dia finalmente abriu aos olhos ao séquito de hienas que o segue. Aguarda-se que seja esse mesmo séquito a devorar o falso herói que nada fez pela oposição, exponenciando a desgoveernação, o único lider do PS que sairá pela porta dos fundos - se é que ainda haverá porta quando sair, porque o homem adoptou como lema: que não fique pedra sob pedra qie não seja derrubada e depois é reconstruir. Se e como possível. Homens de palavra nunca foram capazes de dar palmadinhas nas costas e seguir em frente. Antes disso, muito terá de ser dito, muito terá de ser feito. Porque Seguro deixa apenas isto: terra queimada!

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