ONTEM E HOJE...
Pensamento assaltado
Manhã de Fevereiro
Voz feminina, com olhos de socorro
Pedia que fabricasse, uma ideia e um trabalho para marcar a nossa identidade de vitivinicultores.
Que fique neste lugar da feira agrícola.
...
Só faltavam vinte e cinco dias.
Qual sono, qual quê...
...
Meu pensar, com saltos de gato e pintor de construção da autarquia.
A ideia materalizou-se com raios de sol que nasceram naquele dia.
Nasceu o projeto
Agraçeado, pelos olhos de socorro,
corri para as oficinas da autarquia.
Musculos de ferro, dobrou ferro
Ferramentas inadequadas
A obra evoluiu, a volumetria marcou
Tubo galvanizado desenhou
Garrafa e o copo
Em latão as uvas - a essencia
Onde estão?
Sacudiram a obra, porquê?
Um repuxo é importante, de repuxo passou a tanque.
O tanque recebeu as pedras
Será que a alegoria ao vinho (paz à sua alma)
estará sepultada ali?
Não cresceis crianças...
ficai dessa idade,
ser adulto é cruel.
(Texto e fotos de Armando Ferreira)
Jornal
Alpiarcense nas averiguações que fez e nos contactos levados a efeito conseguiu
apurar que a obra - de autoria do
escultor alpiarcense, Armando Ferreira, foi feita com materiais muitos
caros para neste momento se encontrar muito maltratada no antigo Matadouro
Municipal.
Por
detrás deste abandono, está a venda de um “repuxo” que foi retirado da
escultura mas que acabou por avariar levando então com que a escultura tenha dado lugar a um monte de pedras (ver fotos)
Curiosamente,
o que se torna bizarro é que isto acontece tudo no mandato de Rosa do Céu para
actualmente o executivo da CDU ainda nada ter decidido sobre o que fazer com a
escultura e permitir que a mesma continue abandonada nas instalações do antigo
Matadouro Municipal.
10 comentários:
Nelson Santos Gonçalves: realmente é uma vergonha para quem lá vive ou viveu e agora vê as coisas desta forma já nem da vontade nenhuma de voltar nem para passar ferias pffffff que vergonha...........~
(Facebook)
Essa escultura era uma alegoria ao vinho e vinicultores, consagrados que eram na feira do vinho. Se a CDU fez questão de acabar com a feira, a estátua seria a lembrança para o povo que em tempos tal feira existira. Naturalmente que a estátua teria que ser refundida num qualquer armazém, não fosse alguém lembrar-se que em tempos, ali se fez algo que o executivo teimou em findar! Mera gestão e controle de opiniões, semelhante aos que mandavam queimar livros
Aqueles que não respeitam a arte a cultura e a memória de um Povo, não merecem governar esse mesmo Povo.
Numa feira presumivelmente agrícola (será ???) nada impede que exista uma estátua que promova e lembre que uma das principais actividades de Alpiarça foi e em parte ainda é, o sector vitivinícola.
O sector dos vinhos empregou centenas de alpiarcenses e gerou riqueza para o concelho.
Só que hoje em dia a Alpiagra foi transformada numa mini "festa do Avante" onde desfilam camaradas atrás de camaradas e se deixa a promoção agrícola do concelho para 2º plano.
Não é de estranhar pois que tudo o que lembre que a Alpiagra era uma feira essencialmente agrícola seja escondido.
Curiosamente quando é para criticar o TPA ou o PS ou quando não lhes agrada, certas noticias alguns comentaristas da CDU ou afectos a esta enviam para este jornal uma chuva de comentários. Agora que a CDU é acusada com factos e argumentos tais pessoas não comentam e muito menos criticam o executivo da CDU que não defende o património alpiarcense ao deixar no matadouro uma escultura que muito diz a todos os alpiarcenses. Uma boa altura para o jornal alpiarcense começar a cortar o pio a certo tipo de comentários e comentaristas.
Esta gente a Silvestre Bernardo Lima não presta mesmo para nada
Este facto das pedras em vez da estátua não deixa de ser bizarro. E mais bizarro se torna quando a estátua, conforme é dito na peça, se encontra no matadouro municipal.
Mas este caso não é único. Pergunte-se também onde se encontra a estátua de homenagem ao Cavalo do Sorraia, que se encontrava há uns anos no entroncamento entre as Piscinas Municipais e o Parque de Campismo? Dois lindos cavalos de autoria de um escultor chamusquense (se não estamos em erro) que desapareceu sem deixar rasto?
Há quem diga que a estátua era de papelão reciclado e bastou uma invernia para começar a deteriorar-se. Será, não será? Não sabemos ao certo.
Mas há pessoas responsáveis que gerem os dinheiros públicos, que deveriam dar uma explicação igualmente pública sobre o que realmente aconteceu.
A estátua encontrava-se em terreno do domínio público, deduz-se que era obra pública adquirida com dinheiros públicos. Se não foi esse o caso, alguém que venha a terreiro e explique a situação.
Mau, mas se a moda pega, ainda querem ver que aparece alguém a perguntar pelas esculturas que se encontravam nos jardins da casa museu dos patudos... é certo que jardins já não existem, mas seria giro, não o portão ou gradeamento, mas saber onde andam as esculturas que ornamentavam o jardim? Estarão nos estaleiros municipais? terá encolhido como o gradeamento e agora será um mero porta-chaves no bolso de alguém? Giro seria saber onde se encontram, lá isso seria!
Será que o marito ainda vai dizer que isso também não faz parte do património municipal? é certo que não tem conotações políticas, mas mesmo assim julgo que ainda faz parte....
PS. as estátuas dos cavalos eram de um material cujas orelhas se degradavam sempre que chuvia falta de educação e respeito, tantas e tantas vezes foram reparadas... quem sabe se agora nesta vila tranquila, já existe mais respeito e educação e já não destroem o património alheio....
Património alheio, não. Património de todos nós.
Valter Paciência: Então o grande mal não é nem a Cultura nem a Educação, muito menos a quantidade, variedade e qualidade delas que se possua. O Grande mal nasce das próprias pessoas, todo político, todo governo é reflexo da própria sociedade que o gere e é gerida por ele. Mudemos nossas atitudes e todos aos poucos irão mudar.
Fomos ao longo de muitas gerações moldados a sermos o que somos. Somos fruto de uma árvore doce, que agora nos enoja, por estarmos enjoados do sabor. Tenho dito basta só observar.
(Do Facebook)
O que aqui faz falta em Portugal é que a maioria do povo Português faça o mesmo que o povo grego...ponha fim ao regime capitalista Europeu no nosso País.
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