Os três bancos privados em Portugal concederam menos 5.400 milhões de euros em empréstimos, no ano 2014, do que no ano anterior. Segundo a banca, a culpa não é das restrições ao crédito, mas da fraca procura.
As empresas que querem pedir créditos bancários não cumprem os requisitos para o fazer e as que têm condições para tal não parecem interessadas em endividar-se. É o que se pode constatar da análise das contas anuais dos três bancos privados portugueses.
BCP, BPI e Santander Totta concederam, no ano passado, 93,9 mil milhões de euros em empréstimos, menos 5.400 milhões do que o ano anterior, o que representa uma quebra de 5%.
Esta realidade notou-se não só no segmento particular (51,6 mil milhões de euros concedidos, menos 3% do que em 2013), como nas empresas (35,6 mil milhões de euros, o que representa uma descida de 9%).
Se para muitos a culpa é das restrições que a banca tem colocado à concessão de crédito, esse não é o entender dos banqueiros, que justificam os resultados com a baixa procura por parte dos clientes.
“No caso português, não reconheço um problema de financiamento da economia”, garantiu Fernando Ulrich, do BPI. “O crédito às empresas é um problema de confiança. Neste momento, não é um problema de falta de liquidez”, reforçou o presidente do Santander Totta, António Vieira Monteiro.
«NM»
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