Por: Anabela Melão |
Cavaco, a 21 de Julho de 2014, quando questionado pelos jornalistas numa conferência de imprensa em Seul, sobre se a situação do Grupo Espírito Santo poderia ter consequências na economia portuguesa, afirmou que o "Banco de Portugal tem sido peremptório, categórico, a afirmar que os portugueses podem confiar no Banco Espírito Santo."
Agora, Ricardo Salgado vai desvendando, pouco a pouco, informação sobre as reuniões entre ele e Cavaco. [sem poupar Portas e Barroso].
«As chocas estão, por agora, no redil, à espera de ordens para retirar o touro da arena.» (como diz o Carlos Barbosa de Oliveira)
Salgado abre uma nova temporada na série policial que vai movendo uma comissão de inquérito marcada pela incompetência técnica e pela conveniência política, com raras excepções, e passa a fazer de alcoviteira. Quiçá um dia destes traz a lume as ditas e as desditas entre ambos e a nota de confiança cavaquista de Julho passa a ser uma nota de reserva mental, a lembrar outros episódios (do tipo BPN).
Cavaco até já veio dizer que nunca falou "do" BES. De facto, cada vez existem mais indícios de que falou "com" o BES, o que tem uma conotação ligeiramente diferente. Salgado faz uma ameaça velada de vir a pôr a boca no trombone, se Cavaco continuar a fazer-se de desentendido e a negar que alguma vez tenha falado "sobre" o BES.
O azar de Cavaco é que a memória não se apaga e as suas declarações são de Julho.
Num País em que impera o queijo limiano, Cavaco conta com mais um estratégico esquecimento. Mas, felizmente, há luar ... ainda, acho eu!
1 comentário:
O grande problema para muita gente (os nossos políticos locais incluídos) é o facto de qualquer motor de busca da internet ter uma memória superior a todos os elefantes da terra! Basta um click para aceder a potentes servidores com paletes de terabytes e para que tudo apareça escarrapachado aos nossos olhos em segundos.
Motivo bastante para que doravante, os políticos passem a ser mais sóbrios e cautelosos nas palavras e nos atos.
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