Enviado por: VFPF |
Começou há anos, mas agora é
claro. O PCP mudou os dirigentes e quadros. Uma nova geração integra a direcção
e a bancada. Porém, a identidade comunista e a natureza de classe assumem-se
como as mesmas.
Dos 14 deputados do PCP, só
três são históricos, o resto é a nova geração de comunistas portugueses.
Um Comité Central diferente,
mas com regra de ouro.
“Dá um gozo tremendo
podermos expressar o que o povo sente e tentarmos contribuir para resolver os
problemas das pessoas”, confessa ao PÚBLICO, sem esconder o entusiasmo na voz,
Miguel Tiago, deputado pelo PCP desde 2005. É responsável pelos dossiers
relacionados com ambiente, habitação, cultura, finanças, acompanhamento do
pacto da troika e Orçamento do Estado, tendo-se destacado recentemente na
Assembleia da República durante o debate na especialidade das contas públicas
para 2014.
Aos 34 anos, este geólogo de
formação que nunca exerceu a sua licenciatura, tendo tido empregos múltiplos
ocasionais – de porteiro de discoteca a trabalho na apanha da ameixa em França
–, relativiza o seu papel como deputado comunista: “Sei que não se criam aqui
[no Parlamento] soluções, pelo contrário, criam-se problemas. Mas quero
contribuir para construir um modelo alternativo que encontre outra organização
económica.
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