A ÁGUAS DO RIBATEJO EM, SA está a testar um
sistema inovador de eliminação de algas verdes na Estação de Tratamento de
Águas Residuais (ETAR) de Almeirim/Alpiarça. Os primeiros resultados confirmam
o sucesso do equipamento que pode vir a ser utilizado noutras estações com
lagoas.
Uma unidade de ultrasons instalada na lagoa da
ETAR envia sinais de diversas frequências muito específicas para a estrutura
molecular das algas. Estas frequências foram determinadas com base em estudos e
investigações ao longo de vários anos e comprovaram ser as mais eficazes para
controlar as algas verdes filamentosas e em flutuação mas também as algas azuis
(cianobactérias).
As diferentes frequências emitidas pelo aparelho
de ultrasons produzem determinadas pressões do som e a oscilação das células
das algas, mediante a qual se rompem alguns compartimentos do interior daquelas
células e assim eliminam as algas. Além disso, as frequências de som do
aparelho inibem o crescimento das algas, permitindo impedir o desenvolvimento da
espécie que prejudica o processo de tratamento das águas residuais em curso nas
lagoas.
As algas alimenta-se de nutrientes
imprescindíveis para o desenvolvimento das bactérias que são fundamentais no
processo de tratamento das águas residuais. Por outro lado, quando em
quantidades elevadas, as algas provocam entupimentos e impedem o normal
funcionamento dos sistemas de tratamento, podendo causar danos elevados nos
equipamentos.
A ETAR Almeirim /Alpiarça, funciona com um
sistemas de lagoas gigantes a céu aberto inseridas num espaço de 18 hectares no
Paul da Goucha, zona de proteção especial devido à sua biodiversidade.
A Estação foi requalificada em 2011, com
obras incluídas numa empreitada de 4,2 ME que melhorou os sistemas de
saneamento de Almeirim e Alpiarça. Os dois concelhos estão interligados através
de uma rede intermunicipal e de um conjunto de estações elevatórias construídas
e requalificadas pela AR. As águas residuais, após tratamento na ETAR e o
respetivo controlo analítico, são encaminhadas para uma linha de água que vai
desaguar à Vala de Alpiarça e depois segue para o Rio Tejo.
Neste momento os concelhos de Almeirim e Alpiarça
têm uma cobertura de saneamento superior a 90%, mas a AR reconhece a
necessidade de continuar a sensibilização das indústrias e explorações
agrícolas para a necessidade de melhorarem as suas práticas ambientais e
assegurarem o tratamento dos efluentes produzidos cumprindo os preceitos
legais, dado que os equipamentos da AR não estão preparados e dimensionados
para receber efluentes com características industriais ou agro-industriais.
1 comentário:
OBVIAMENTE QUE OS EFLUENTES DA ZONA INDUSTRIAL VÃO PARA A VALA REAL!...
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