O sistema de pagamentos de
retalho processou, em 2014, 2,1 mil milhões de operações que ascenderam a 339
mil milhões de euros, revelou um relatório publicado pelo Banco de Portugal,
esta terça-feira. Estes números representam crescimentos homólogos de 4,3% e
5,1%, respectivamente, "em linha com os sinais de retoma do consumo
privado verificados ao longo de 2014", sublinha o supervisor.
Os principais instrumentos de
pagamento utilizados são os electrónicos, isto é, cartões, débitos directos e
transferências, enquanto a utilização de cheques voltou a diminuir. Foram
utilizados menos 12,8% cheques do que em 2013. Contudo, o valor destes aumentou
em 2,9%, revelando que estes instrumentos são utilizados sobretudo para
pagamentos de grandes montantes.
"Durante muito tempo, o
cheque foi um dos instrumentos de pagamento preferidos dos portugueses para a
realização de pagamentos de retalho. Contudo, de há 10 anos para cá, o seu peso
relativo face aos instrumentos de pagamento electrónicos tem vindo a reduzir-se
de forma expressiva", acrescenta o relatório.
Os débitos directos foram o
instrumento de pagamento que mais cresceu no ano passado: 16% em quantidade e
15% em valor. Por dia, foram processadas, em média, 644 mil transacções no
valor de 83 milhões de euros.
Quanto às transferências, estas
aumentaram 3,3% em quantidade e 9,8% em valor face a 2013. Foram processadas,
em média, 463 mil transferências por dia, no valor de 603 milhões de euros.
Através do multibanco, foram
processadas mais 3,9% operações com um valor superior em 6,4% a 2013. Em média,
foram processadas 4,9 milhões de operações por dia, que ascenderam a 259
milhões de euros.
No final do ano passado, havia
19,9 milhões de cartões de pagamento activos, mais 2% do que em 2013. O maior
crescimento verificou-se nos cartões de crédito (2,8%), enquanto os cartões de
débito aumentaram em 1,7%.
A beneficiar também dos sinais de
retoma da economia, o número de terminais de pagamento automáticos aumentou
3,9% para 266.601 terminais. Já as caixas automáticas ascenderam 12.701, menos 2% do que em 2013.
«JN»
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