Por: Anabela Melão |
João Bilhim, presidente da Comissão de Recrutamento e Seleção para cargos de topo na Administração Pública (CRESAP), responsável pelos concursos de dirigentes afirma que cerca de 60 dirigentes de topo da Administração Pública foram escolhidos diretamente pelo Governo, sem que tenha dado seguimento aos concursos públicos realizados para o efeito. Ou seja, o Executivo meteu na gaveta os resultados dos concursos, optando por não nomear a pessoa com mais mérito, mas aquela pessoa que lhe merecia de confiança política. Estes dirigentes estão no cargo em regime de substituição há vários meses, alguns há quase um ano, o que faz com que estejam em “regime de gestão corrente”. Claramente, fora do pleno exercício das suas funções e “dependentes dos governantes”. Um mal que sempre atacou as instituições públicas, em governos da esquerda à direita. O cenário actual é, na sua maior parte, igual ao que vigorava antes da criação da CRESAP. Não admira que se chegue a esta conclusão. Admira que algum dia alguém possa ter acreditado na hipótese de alterar este estado de coisas. Da esquerda à direita interessa o seguidismo cego e patético. Premeiam-se cartões de militante, 'provas' dadas de 'obediência', 'lealdades' pessoais e interessadas. E enquanto a competência técnica e o mérito profissional não for a senha de entrada nos palanques do poder nada se alterará. Há e continuará a haver qualquer coisa de profundamente errado em tudo isto! Com a complacência de todos!
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