Por: Anabela Melão |
Já refeitos (ou não) das palavras de Mr. Alzheimer alguém percebeu a quantas anda o País das maravilhas? Com a tal enxadinha com que plantava arbustos ainda há semanas, foram dadas mais umas cavadelas neste bunker em que este governo nos enfiou. Chegou o fim da linha para o Governo? O compromisso para adiar o inevitável falhou. Afinal, ainda há Governo? E tanto que a criatura convencida que é ministra das finanças se empenhou em saudar Jeroen Dijsselbloem (ministro das finanças da Holanda e presidente do Eurogrupo), Christine Lagarde (directora-geral do FMI), Thomas Wieser (presidente do grupo de trabalho que prepara as reuniões do Eurogrupo) e Klaus Regling (director dos fundos de socorro do euro) como se ela mesma fosse uma das estrelinhas da bandeirinha europeia! Temos, pois, um PSD, que perdeu o "pai" - e tão ciente que estava que ele era deles muito deles até ao fim - órfão de um líder que já ninguém quer (e falo dos filhos que o adjectivam de "emplastro" de dentro do núcleo duro dos laranjas). Um CDS que "descobriu" que Paulo Portas é um exímio jogador perito em salvar a sua própria pele nem que para isso tenha de descamisar o partido (Manuel Monteiro está cá para o confirmar). Um PS que não pode fazer outra coisa senão recusar o presente envenenado, sob pena de em 2014, ser punido à boca das urnas. Os "outros partidos" reduzidos a um grão de areia (que isto parece ser muita areia para a camioneta deles ...). Resta saber quais as outras soluções naturais de que fala Mr. Alzheimer. Um Governo de iniciativa presidencial até Junho de 2014? E qual será a tal personalidade credível para o "coordenar"? Aceitam-se apostas. Ou talvez se estejam mesmo a aceitar alvíssaras. Faço-me entender?
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