quarta-feira, 11 de junho de 2014

OPINIÃO: Luzes, Ribalta, Ação?

Por: João Pedro Céu
Confesso sérias dificuldades em entender este processo interno que se passa no interior do Partido Socialista. 

Não entrando em considerações acerca da oportunidades, legitimidade ou outros aspectos que pervertem todo este processo, admito muitas dificuldades em entender o modus operandi – ou o que vai na cabeça- de quem se propôs a fazer este “golpe de Estado” partidário.
Querem discutir a liderança. O Secretário Geral possibilita-o.
Define regras para que o processo interno corra sem clivagens de maior.
Concordam, e aceitam-nas no momento.
Mal saem da sala, já não concordam e movem os peões de modo a tentar provocar um congresso extraordinário e diretas, 
MAS NÃO CONCORDAVAM COM AS REGRAS QUE ACORDARAM??? Em que ficamos? Como querem que decorra? Sem regras? Aclamamos? Colocamos a democracia na gaveta? Isso é mais ao lado!
É caso para dizer, ENTENDAM-SE entre vós e decidam o que pretendem, é que mudar as regras do jogo a meio do campeonato, nem no mais corrupto campeonato de futebol!
Temos um confronto, temos duas pessoas que se propõem discutir o rumo de um partido.
De um lado já conhecemos, aliás variadas pessoas contribuíram, de forma aberta para a escolha de “novo rumo” que o partido irá seguir e com o qual se apresenta ao País. Posições perante temas estruturantes e determinantes da realidade portuguesa – afinal convém saber aquilo que vamos propor aos eleitores. 
Do outro lado, somente nos impingem que este candidato a candidato (afinal todos nós o podemos ser) tem “tempo de antena” e se movimenta bem nos média.
Não questionando a completa perversão do que deve ser a Política, e em vez de ideias e substância estarmos a vender imagem – à semelhança do que nos é impingido pelo Big Brother e pela “casa dos segredos”. Se for uma candidata, deverá antes tomar injecções de silicone? Loura ou morena? 
Democraticamente, permitindo que o outro faça o trabalho de casa – que a meu ver já devia ter feito -, propõem-se debates única forma de perceber o que tendem a defender (afinal até ao momento ainda nada se sabe, além da boa imagem), do outro, acobardam-se e afinal “não existe interesse em debates”???? 
Não questionando acerca da substância, que pelos vistos ainda não existe, interrogo-me onde está a boa imprensa, a boa imagem? 
Então mas não era esse o candidato que tinha o grande trunfo da “imagem” – se o tem, porque se recusa a enfrentar aquele que quer derrubar? Mandará novamente os peões? Afinal terá boa imagem ou pessoas controladas?
A conclusão só pode ser, das duas uma, ou duas, ou a imagem não será assim tão boa, ou a substância será inexistente. Como será caso seja eleito e tenha que ir a legislativas ou enfrentar o plenário da AR? 
Virá dizer “à e tal eu tenho boa imprensa e não preciso de ideias e o debate não me convém”? 
Será a fugir ao confronto e debate de substância que pretende ganhar eleições? Porque serão os debates “inoportunos”? 
Não existe imagem ou não existem ideias?

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