A ‘fumaçada’ do TPA/PSD

Como nos tempos revolucionários quando uma multidão invadiu o Terreiro do Paço em Lisboa e alguém fez rebentar um petardo, o Almirante Pinheiro de Azevedo, primeiro-ministro de então, que discursava numa varanda ao ver que o povo se assustou com o barulho do rebentamento do engenho gritou bem alto  “não tenham medo que isto é só fumaça”para de seguida afirmar que o“povo é sereno” e nós não temos medo deste tipo de gente que só sabe é fazer barulho

 Assim foi o 'banzé' do vereador do TPA quando disse que ia “participar na próxima reunião de Câmara, de pé” como protesto da recusa do presidente da Câmara em não lhe entregar os documentos que tem vindo a ser pedidos praticamente desde o início do mandato.

Até se julgou e falou que o vereador ia estar durante o desenrolar da reunião tipo ‘homem estátua’.

Mas como já vem sendo habitual não passou de fumaça como fumaça tem sido praticamente a actuação do eleito em quase todas as reuniões.

Tudo não passa de ‘fumaça’ isto é: de barulho.

Depois do presidente da Câmara o ‘repreender’  ao dizer-lhe que a sua ‘ ameaça’ “não era a melhor maneira de fazer funcionar uma reunião de câmara”  e  o ter informado de que a ”reunião não se realizaria” caso o vereador do TPA levasse por diante o disparate foi o suficiente para o independente  aceitar a ‘imposição’ de Mário Pereira

Francisco Cunha aproveitou a repreensão para mandar mais um novo ‘petardo’ na reunião afirmando verbalmente , mais uma vez,  que “vai aguardar até à próxima reunião, que se realiza esta sexta-feira, 21 de Março”

 Como o auditório pode ficar cheio de mais uma ‘carga de fumaça’ o presidente não deixou de alertar que o rebentar do petardo não é suficiente porque a“câmara (entenda-se o executivo da CDU)  não aceita nem pode ser gerida através de ultimatos”

Ora a conclusão só pode ser uma: o eleito do TPA está na disposição de fazer novamente  ‘fumaça’ na próxima reunião já que garantiu  “avançar com o seu protesto” .

Depois admira-se que o presidente tenha que chamar a GNR para apanhar os estilhaços.

Assim vão sendo as reuniões de Câmara que por causa de uma ‘teimosia’ de um vereador mais não são tais reuniões que um autêntico circo.

Até já há quem diga que as reuniões de câmara já parecem um ‘jardim de infância’  onde os mais pequenos fazem ‘birra’ por tudo e por nada.

Resta-nos saber, mais uma vez, se o presidente da Câmara vai ou não requisitar os serviços dos  bombeiros para estar presente  na próxima reunião por causa do rebentamento do petardo e dos seus  estilhaços colaterais.

Como dizia o tal primeiro-ministro: “Isto não passa de fumaça!” que em nada dignifica quem foi eleito democraticamente para representar quem nele votou.