Se Sócrates não era grande “praça” Passos Coelho
não lhe fica atrás se não for ainda pior.
Pessoas sem escrúpulos e muito menos possuidores
de princípios.
Há cerca de um mês atrás, Passos Coelho e o seu “Gasparzinho”
dizia que possivelmente em 2013, “Portugal iria regressar aos mercados” Agora
numa entrevista ao jornal alemão Die Welt declarou que “ Portugal pode não
regressar aos mercados em 2013”.
Mas estes governantes não sabem o que dizem de formas
o que hoje é verdade que amanhã não seja mentira ou não estudarão os dossiers que
tem em seu poder?
Como é que podemos ter certezas no futuro ou
garantia de estabilidade se os governantes são uns “vira-casacas” que tanto
dizem hoje uma coisa como amanhã outra?
Uma semana, duas notícias. Para começar, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental olhou para o Orçamento Rectificativo e disse: são as receitas, e não o corte prometido na despesa estrutural do Estado, que estão a puxar pela carroça da consolidação orçamental. Um clássico.
ResponderEliminarNo final da semana, o próprio Fundo Monetário Internacional admitiu: a austeridade pode lançar o país numa espiral recessiva muito semelhante à da Grécia. Sobretudo se o governo nada faz – e, de facto, ele nada fez – para aliviar a carga fiscal das empresas ou diminuir as rendas públicas a sectores protegidos da economia. O abandono do corte na Taxa Social Única ou a manutenção de subsídios ao sector energético são apenas dois exemplos de inacção que agravam um quadro já de si recessivo.
Moral da história? Sem soberania monetária, o programa de austeridade é mau que chegue; mas a incapacidade do governo para pôr a economia a crescer no curto prazo torna-o especialmente venenoso.
Fonte«CM«
O país eufemístico
ResponderEliminarNem novilíngua, nem admirável mundo novo. É uma velha táctica. Quando se dizia: "Quanto mais canhões houver, mais duradoura será a paz", deveria acrescentar-se, segundo Brecht, "quanto mais sementes se semearem, menos cereais haverá; quanto mais gado for morto, menos carne teremos; quanto mais neve derreter nos montes, menos água correrá nos rios".
Vai daí, Passos Coelho clama "empobrecer o país para sair da crise", Crato afirma que "quanto mais escolas fecharmos, mais cultos seremos" e o país vive um novo acordo de vocabulário. Adaptações são as excepções aos cortes nos subsídios na TAP ou na CGD. Medidas de racionalização no ensino significa redução do número de docentes. Colaboradores substitui trabalhadores.
Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego representa facilitação dos despedimentos, diminuição das indemnizações, dos salários e de dias de férias ou feriados. Se os jovens quiserem fazer as malas, não podemos impedi--los quer dizer emigrem! Insuficiência alimentar traduz fome. Lapso substitui mentira. 2013 é o mesmo que 2015. E, claro: temporário significa permanente.
fONTE:«cm»