Dois feriados seguidos, a meio da semana, com sol e calor, induzem um “dolce fare niente”.Vamos até à esplanada, para beber qualquer coisa, e ver quem aparece para dois dedos de conversa.
Os temas de conversa vêm e vão, como as ondas do mar na praia, ou como os amigos e conhecidos que vão aparecendo. Às tantas, não sei porquê, chegam à baila as eleições em Alpiarça. Entre os resultados das europeias, e a previsão das autárquicas, há uma jovem que diz não ter dúvidas – a Sónia Sanfona vai ganhar!
Confesso que estranhei tanta certeza. E não resisti a aprofundar mais a razão de tal convicção.
Não sei se foi pelo meu ar de espanto, mas antes da explicação, veio a afirmação do grande apreço que tinha pelo Marito (dr. Mário Fernando – cabeça de lista da CDU). Conhecia-o bem e gostava muito dele e das suas qualidades. Mas a Sónia Sanfona tem mais visibilidade.Fiquei atordoado com a explicação, mas talvez não tivesse compreendido bem.
Pois, tem mais visibilidade, anda com pessoas importantes, ainda agora no 10 de Junho esteve na Tenda em Santarém.
OK, OK, já percebi. Passou-me pela cabeça um artigo do “Rotundas & Encruzilhadas” de 3 de Junho com o título “Quem elege os nossos políticos”. – CUIDADO: ESTE TIPO DE GENTE VOTA.
O Asdrúbal também esteve na Tenda. É uma ideia para qualquer lista concorrente. O Moita Flores que se cuide. E o “Emplastro”? Não há cão nem gato importante que seja entrevistado na rua para a Televisão, que não tenha o “Emplastro” coladinho a si. Isto sim, é que é andar com pessoas importantes.
E andam os comunistas a dizer que o importante são os projectos e as ideias. A defender ideias e projectos, com as pessoas e para as pessoas. Como é que um Sérgio Carrinho entrou para a Câmara da Chamusca, sem ter aparecido, uma vez que fosse, numa qualquer “Tenda dos Famosos”, ou o António José Ganhão da Câmara de Benavente, ou sei lá quantos mais.
Tal como diz no citado artigo do Rotundas, é esta gente que elege os nossos políticos, os Dias Loureiros e os outros.E é por estas e por outras que estamos cada vez pior, e cada vez mais na cauda da Europa.
«Leitor do "Jornal Alpiarcense"
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