Aos 70 anos, Luís Filipe Pereira assumiu a
presidência do Conselho Económico e Social (CES), casa da concertação social.
Luís Filipe Pereira diz-se “partidário de um aumento do
salário mínimo nacional”. “Na generalidade dos setores será possível”, garante,
assumindo que, em determinados casos, pode ser um risco demasiado elevado.
Posso ter essa vontade [de aumentar o salário mínimo], mas
se isso puser em risco o emprego ou a sobrevivências das empresas, não será uma
boa medida. Há sectores em que é mais difícil e outros em que não”, explica,
admitindo, contudo, que “tem de haver um esforço nesse sentido”.
Estamos num período delicado […] e temos de dar prevalência
ao emprego e à competitividade das empresas” para gerar emprego, defende o
ex-secretário de Estado da Segurança Social. “Dar subsídios não resolve o
problema de fundo”.
Para Luís Filipe Pereira, “baixar salários para toda a
função pública”, não é uma reforma do Estado. “Se não altero as formas de
funcionamento, a mentalidade ou a forma de gerir as pessoas, obviamente que ao
fim de algum tempo voltamos à situação inicial. É como carregar com o dedo numa
bola de plástico. Se tirar de lá o dedo, a bola regressa à forma que tinha”.
«NM»
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