Poir: Anabela Melão |
Resultados segundo o Relatório da Emigração 2013, do Observatório da Emigração.
- Portugal é o país da União Europeia com mais emigrantes, a população de origem portuguesa no estrangeiro ultrapassará os cinco milhões.
- Reino Unido, Suíça, Alemanha e Espanha são, por esta ordem, os destinos da emigração portuguesa, embora esta conclusão possa pecar dada a "ausência de dados recentes fiáveis" sobre a entrada de portugueses em França, Angola e Moçambique. Para Angola e Moçambique, irão cerca de 10 a 12% dos emigrantes portugueses e 1% para o Brasil.
- Em 2013, os dados do Observatório dão contra da entrada de 30.121 portugueses no Reino Unido, 11.401 na Alemanha, 2.913 no Brasil, 815 na Noruega e 443 na Dinamarca, valores que confirmam "a tendência para um aumento acentuado da emigração.
- Os portugueses idosos residentes cresceram 80%, enquanto os adultos activos, dos 25 aos 64 anos, aumentaram apenas 10%.
- A emigração portuguesa "tornou-se ligeiramente mais masculina", com um crescimento de 19% no número de homens emigrados. As mulheres registaram uma subida de 14 %.
- Nos últimos anos, registou-se a emigração de um significativo número de quadros com qualificações académicas superiores, mas a maioria dos portugueses que deixam o país continuam a ter apenas o ensino básico.
- Desde 2001, os quadros superiores foram o grupo de emigrantes que mais cresceu, quase duplicando (88%), no entanto em 2010/2011 mais de metade dos que emigraram continuavam a ter apenas o nível básico de escolaridade (61%), embora o seu peso na emigração tenha caído.
- Quase um terço dos portugueses emigrados tem o ensino secundário, tendo aumentado 5% a sua proporção entre 2000/01 (23%) e 2010/11 (28%).
- Os portugueses com o ensino superior representam 10% do total, em 2010/11, quando há dez anos representavam apenas 6%.
- As profissões predominantes são as profissões operárias, que ocupavam cerca de um terço (31%) dos portugueses emigrantes.
- Outro terço era composto por trabalhadores não qualificados e trabalhadores de montagem ou operadores de máquinas e 10 % eram quadros superiores ou dirigentes, a mesma percentagem pessoal nos serviços e vendedores.
- Muitas vezes, apesar de terem cursos superiores, os portugueses ocupam trabalhos abaixo das suas qualificações.
- Os emigrantes portugueses enviaram em 2013 mais de três mil milhões de euros em remessas, valor que representa cerca de 1.8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
- França e Suíça são a origem de mais de metade do total de remessas recebidas em Portugal (30 % e 25 %, respectivamente).
- O terceiro país mais importante é Angola, de onde são originárias 10 % das remessas recebidas.
- Alemanha, Espanha e Reino Unido, que com a Suíça integram o grupo dos quatro principais países de destino da emigração actual, seguem-se na lista dos países que mais dinheiro mandam para Portugal, todos com envios acima dos 100 milhões de euros anuais.
- Abaixo dos 100 milhões de euros anuais estão os EUA, o Luxemburgo, a Holanda e a Bélgica.
- No conjunto, estes dez países estão na origem de 93 % do valor total das remessas recebidas em Portugal.
- Em 2007 e 2008, o peso subiu ligeiramente, tal como nos últimos anos, desde 2011, para valores já próximos dos 2 % do PIB, mas ainda longe dos 3 % no início deste século e muito longe dos cerca de 10 % do PIB em 1979.
- No preâmbulo do Relatório da Emigração relativo a 2013, o Governo reconhece que desde 2010 a emigração tem aumentado "muito rapidamente" e defende o "imperativo estratégico da recuperação económica", como "a única forma" de travar a emigração e garantir "o regresso de muitos dos que saíram" e assume que o fenómeno da emigração tem hoje "características substancialmente diferentes das que se verificaram anteriormente", entre as quais "a migração de um significativo número de quadros com qualificações académicas superiores" e "de famílias inteiras, incluindo um número significativo de crianças em idade escolar", bem como "de pessoas com idades mais avançadas e por vezes com empregos duradouros em Portugal, em resultado de dificuldades para cumprirem compromissos estabelecidos".
Os investigadores conseguiram apenas estimar "a ordem de grandeza da população de origem portuguesa constituída a partir da emigração", considerando "provável" que, em 2013, aquela população se situasse entre os 5 e os 5,5 milhões de pessoas.
Ai, como a nossa vidinha vai melhorando .... fora de portas, desenraizados, ostracizados, lá fora ....
A diferença? É que estávamos num regime fascista e nos anos cinquenta e hoje estamos em 2014, com uma revolução pelo meio que a maioria dos portugueses não quiseram aproveitar, e continuam a votar contra eles mesmo.Responsabilizar só os políticos é fácil, e então aqueles que votam neles? E não culpem os comunistas porque estes nunca estiveram no poder, mesmo quando o unico( VASCO GONÇALVES) esteve como primeiro Ministro que vocês não o quiseram e esteve lá menos de três meses.
ResponderEliminarOs comunistas argumentam que não têm qualquer culpa no que tem acontecido a Portugal e aos portugueses porque nunca estiveram no governo (nem nunca irão estar).
ResponderEliminarÉ evidente que se lá estivessem teriam feito igual ou pior que aqueles que lá estão ou estiveram. Basta fazer uma comparação com o seu desempenho no poder autárquico onde têm oportunidade de mostrar aquilo que valem.
Sabemos que a culpa do seu insucesso é sempre do governo!
Se estivessem no governo, a culpa seria da CEE,de circunstâncias adversas,ou dos próprios governados. Já conhecemos a "música toda"!
E com isto termino.Não vale a pena gastar mais o latim.