sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O desmoronar de um movimento a que alguns chamaram de “independente”

Por: M.F. (*)

As controversas provocações e intervenções do único eleito do movimento “Todos Por Alpiarça” já causaram os primeiros estilhaços que atingiram os mais crentes e fortes apoiantes daquilo que foi um movimento e a grande esperança para muitos alpiarcenses que estavam desejosos de uma profunda mudança politica.
O tempo tem vindo a demonstrar que os alpiarcenses tinham razão quando mostraram nas urnas que não acreditavam em candidatos “encapotados de independentes” porque até estes ex-candidatos ditos de ”encapotados” já começaram a distanciar-se do idealista e mentor do projecto deixando-o a “pregar” sozinho no baixio luminoso do edifício administrativo.
Longe começam a estar os tempos em que a pujança e convicção de uma garantida vitória davam voz a quem se julgava conhecedor da verdade e crente de uma vitória garantida.
O desmoronar lento de um movimento que dificilmente virá  a ser poder, nos próximos anos, mais não é do que o resultado dos estilhaços que surgiram após o longínquo mês das eleições autárquicas de 2013 em que muitos procuravam um lugar ao sol depois de destituídos ou expulsos da solidez credível  da força  partidária onde as pessoas são escolhidas e votadas para os mais diversos lugares  mas  não apadrinhadas  ou  apoiadas por independentes que não conhecem as estruturas a capacidades da organização de um partido.
Hoje já pouco se fala, muito menos se ouve, os queixumes daqueles que deram a voz por uma ilusão.
Uns reconheceram que tudo mais não foi do que um quimera; outros já nada querem com o movimento que lhes ensombrou a imagem politica que tinham.
Resta-lhes a camaradagem a amizade para com o “líder” para politicamente nada quererem com o movimento que tanto apoiaram e deram o seu melhor e muito menos com o seu “guia”.
As vozes de Mário Santiago ou de Paulo Sardinheiro perderam-se nas areias do deserto e a pujança de uma forte oposição mais não passam de que palavras que se perderam no tempo.


As reuniões prolongadas pela calada da noite em que os intervenientes António Moreira ou Jorge Costa com o rebuscar de uma Gabriela Coutinho hoje não faz qualquer sentido porquanto tal é a distancia que mantem os dois primeiros do sonho que nunca foi realidade.
Para outros, a promessa garantida de uma “vitória independente” mais não passou de uma forte derrota para jamais contar com o apoio daqueles que ainda acreditaram no sonho.
No somatório: uma “aventura” para esquecer porque o resultado foi um descalabro, havendo  apenas hoje a certeza que a tentativa de um movimento independente foi uma ilusão que dificilmente tornará a repetir-se.
Resta assim ao único eleito do movimento terminar o mandato com a certeza de que as pessoas que tanto o apoiaram apenas querem distanciarem-se daquilo que em tempo foi um suposto movimento político.
De tal forma que os principais apoiantes nem já “dão sinais de vida” havendo outros que preferem o silêncio ou passarem despercebidos por tudo o que aconteceu e vai acontecendo.
Estes, embora derrotados, sabem que o tempo apagará da memória das pessoas aquilo que os impediu de chegar ao poder.
Perdoados estão mas jamais esquecidos.
Aos que se distanciaram do projecto inicial, após a derrota e aqueles que já nada querem com o movimento sabem reconhecer que o que  acreditaram  mais não foi do que uma  “quimera”
Aos crentes, apoiantes e votantes da “Apocalipse” resta-lhes a memória dos bons momentos vividos que jamais se repetirão.
Deixai então o representante do movimento dito de “independente” estilhaçar porque acabará por seu atingido pelos seus próprios “estilhaços”
(*) Colaborador  do JA

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