Por: M.F. (*)
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As controversas provocações e
intervenções do único eleito do movimento “Todos Por Alpiarça” já causaram os
primeiros estilhaços que atingiram os mais crentes e fortes apoiantes daquilo
que foi um movimento e a grande esperança para muitos alpiarcenses que estavam
desejosos de uma profunda mudança politica.
O tempo tem vindo a demonstrar que os
alpiarcenses tinham razão quando mostraram nas urnas que não acreditavam em
candidatos “encapotados de independentes”
porque até estes ex-candidatos ditos de ”encapotados”
já começaram a distanciar-se do idealista e mentor do projecto deixando-o a “pregar” sozinho no baixio luminoso do
edifício administrativo.
Longe começam a estar os tempos em que
a pujança e convicção de uma garantida vitória davam voz a quem se julgava
conhecedor da verdade e crente de uma vitória garantida.
O desmoronar lento de um movimento que
dificilmente virá a ser poder, nos
próximos anos, mais não é do que o resultado dos estilhaços que surgiram após o
longínquo mês das eleições autárquicas de 2013 em que muitos procuravam um
lugar ao sol depois de destituídos ou expulsos da solidez credível da força partidária onde as pessoas são escolhidas e
votadas para os mais diversos lugares
mas não apadrinhadas ou apoiadas por independentes que não conhecem as
estruturas a capacidades da organização de um partido.
Hoje já pouco se fala, muito menos se
ouve, os queixumes daqueles que deram a voz por uma ilusão.
Uns reconheceram que tudo mais não foi
do que um quimera; outros já nada querem com o movimento que lhes ensombrou a
imagem politica que tinham.
Resta-lhes a camaradagem a amizade
para com o “líder” para politicamente
nada quererem com o movimento que tanto apoiaram e deram o seu melhor e muito
menos com o seu “guia”.
As vozes de Mário Santiago ou de Paulo
Sardinheiro perderam-se nas areias do deserto e a pujança de uma forte oposição
mais não passam de que palavras que se perderam no tempo.
As reuniões prolongadas pela calada da
noite em que os intervenientes António Moreira ou Jorge Costa com o rebuscar de
uma Gabriela Coutinho hoje não faz qualquer sentido porquanto tal é a distancia
que mantem os dois primeiros do sonho que nunca foi realidade.
Para outros, a promessa garantida de
uma “vitória independente” mais não
passou de uma forte derrota para jamais contar com o apoio daqueles que ainda
acreditaram no sonho.
No somatório: uma “aventura” para
esquecer porque o resultado foi um descalabro, havendo apenas hoje a certeza que a tentativa de um
movimento independente foi uma ilusão que dificilmente tornará a repetir-se.
Resta assim ao único eleito do
movimento terminar o mandato com a certeza de que as pessoas que tanto o
apoiaram apenas querem distanciarem-se daquilo que em tempo foi um suposto movimento
político.
De tal forma que os principais
apoiantes nem já “dão sinais de vida”
havendo outros que preferem o silêncio ou passarem despercebidos por tudo o que
aconteceu e vai acontecendo.
Estes, embora derrotados, sabem que o
tempo apagará da memória das pessoas aquilo que os impediu de chegar ao poder.
Perdoados estão mas jamais esquecidos.
Aos que se distanciaram do projecto
inicial, após a derrota e aqueles que já nada querem com o movimento sabem
reconhecer que o que acreditaram mais não foi do que uma “quimera”
Aos crentes, apoiantes e votantes da “Apocalipse” resta-lhes a memória dos
bons momentos vividos que jamais se repetirão.
Deixai então o representante do
movimento dito de “independente”
estilhaçar porque acabará por seu atingido pelos seus próprios “estilhaços”
(*) Colaborador do JA
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