sábado, 14 de junho de 2014

Miguel Moita, do Gabinete de Ação Social da Câmara de Alpiarça, explica como é

A PRAIA FLUVIAL DO PATACÃO ALIA BELEZA COM TRANQUILIDADE



As margens do rio Tejo, antigo “ganha  pão” dos pescadores são hoje o cartão de visita de Alpiarça

No meio dos campos ribatejanos, quase passa despercebido um dos locais mais bonitos da região. A Aldeia da Vieira, mais conhecida por Patacão, fica em Alpiarça, no distrito de Santarém, e conjuga água, areia e salgueiros num ambiente de tranquilidade e rara beleza. “É um dos cartões de visita da vila, funciona como praia fluvial para os habitantes, mas não é vigiada”, avisa Miguel Moita, do Gabinete de Ação Social da Câmara municipal de Alpiarça.
Reza a lenda que não se deve mergulhar nem ir muito além das margens, porque “as águas do Tejo não são de confiança”, mas antigamente havia quem passasse o rio. “Quem não tinha barco, tinha de atravessar a nado”, conta um agricultor da zona.
Durante a semana, ao fim do dia, agora que o sol ilumina os campos de trigo e as flores perfumam a estrada que leva ao rio, é comum verem-se ciclistas num passeio conjugado com desporto, terminando com um momento de relaxe a ver o pôr-do-sol sentado na areia.
Ao fim da semana há quem troque o almoço em casa por uma sardinhada no Tejo com amigos ou família. E à noite há quem aproveite o silêncio para namorar. “O Tejo serviu em tempos para muitas pessoas. Era ali que os pescadores iam à pesca” explica o responsável.
Há cerca de 30 anos, os pescadores habitavam as casas que ainda hoje estão de pé seguras por estacas altas que os ajudavam a defenderem-se das cheias. Emília Branha foi uma das últimas pescadoras a abandonar a aldeia com o marido, António Petinga. “Fui criada e cresci nestas barracas. Os meus pais eram pescadores, eu em solteira trabalhei no campo, e quando casei fui para a pesca também, conta Emília, de 70 anos.
A aldeia, que hoje tem meia dúzia der casas, começou a ser habitada desde 050, pelos pescadores de Vieira de Leiria. Emília e o marido lembram-se bem quando vínhamos invernos rigorosos e as águas transbordavam as margens. “Na altura das cheias víamos a morte à frente dos olhos, tínhamos um barquito, que ainda temos, e às vezes ainda lá vamos pescar qualquer coisita”, afirma Emília
«Fonte: ‘NOTICIAS DE CÁ’»

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