“Com o chumbo do Tribunal
Constitucional a três normas do Orçamento do Estado, instalou-se a nervoseira
no governo e no seu séquito de apoiantes. A incontinente verborreia com que têm
atacado os juízes do Tribunal Constitucional e o respectivo acórdão não esconde
o essencial da questão: este governo tem sérias dificuldades em governar com a
lei fundamental do país e em respeitar a separação de poderes.
Não deveria manifestar-se surpreendido
pela decisão do colectivo de juízes depois de repetidos chumbos que colheu nos
anteriores orçamentos. Em vez e avançar com soluções alternativas como lhe
compete, o governo e os seus acólitos preferem o confronto. Até o banqueiro
Ulrich também já veio a público secundar esse cesariano porta-voz que é Marco
António. Mas olhem que não é o Tribunal Constitucional que “insiste” em “arrastar
o país para o passado”, são vocês mesmos que persistem em avançar às arrecuas.
Já o silêncio daquele senhor que mora em Belém e que jurou cumprir e fazer
cumprir a Constituição, me parece demasiado ensurdecedor.”
«Joaquim Duarte/O Ribatejo»
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