segunda-feira, 9 de junho de 2014

De: Anabela Melão
 “[...](António Costa) Tem a seu favor as sondagens de opinião pública, e 99% da opinião publicada. [... ] E será que ao acusar agora Seguro de estar a atrasar o enfrentamento entre ambos, Costa acreditaria que este iria aceitar ser o mero carregador de pianos do PS durante três anos, nos quais, por duas vezes (em 2011 e 2013), Costa recusou travar o combate que agora exige com celeridade?” - Viriato Soromenho Marques. 
Caro senhor: 
Seguro mal pôde esperar pela derrota de Sócrates para se declarar candidato à liderança do partido. Quis, de sua livre vontade, e quis muito, quis mesmo excessivamente, suceder a Sócrates.
2011, noite das eleições e da derrota de Sócrates. As câmaras captaram bem a ansiedade de Seguro e o elevador transportou-a ao piso da declaração que culminou anos de espera e de jogos de bastidores, silêncios cúmplices com caluniadores e distanciamentos, com palmas a Cavaco Silva pelo meio. Repito: mal pôde esperar.

Conseguiu o que queria. E, se o que queria era “carregar pianos”, em que é que António Costa merece censura, ele que estava a meio do seu primeiro mandato de 4 anos na Câmara de Lisboa, que ganhara com estrondo e mérito, e perante uma opinião pública (e parte do PS) totalmente poluída e ainda por cima com a concordância e a contribuição de Seguro, o ansioso candidato? Não era de deixar Seguro colher os frutos do que também semeou e ajudou a cultivar? Mais: se, nestes três anos de liderança, Seguro mais não fez do que “carregar pianos”, de que se queixa(m)? Do facto de existir um piano para carregar (e com o Governo que temos não era claramente de cauda) ou do facto de alguém sem ombros ter posto precipitadamente o dedo no ar, convencido de ser o que não é?" (blog Aspirina B)

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