quarta-feira, 11 de junho de 2014

António Costa preferido por 60% para líder do PS


Autarca de Lisboa recolhe quase dois terços das preferências. Seguro não vai além dos 18,2% das escolhas e deve marcar de imediato eleições no partido
António Costa é o homem que a larga maioria dos inquiridos gostaria de ver à frente do PS. Seguro tem repetido que foi ele o eleito para comandar as hostes socialistas, mas, entre os eleitores, a preferência recai claramente sobre o presidente da câmara de Lisboa, de acordo com o barómetro i/Pitagórica de Junho.
A menos de um ano e meio das eleições legislativas - admitindo que o calendário eleitoral se cumpre como previsto -, mais de seis em cada dez inquiridos (60,5%) confessa que António Costa seria "melhor líder do PS, neste momento". Seguro chegou à liderança do partido em 2011, com a saída de José Sócrates. Costa esteve para avançar desde essa hora, mas a principal autarquia do país serviu de pretexto para que o ex-ministro tivesse recuado. No início do ano passado, segunda falsa partida. Em Janeiro, quando já tudo se posicionava no PS para que Costa defrontasse Seguro na disputa pela liderança, o autarca recuou. O Documento de Coimbra e alguns lugares na Comissão Nacional para os opositores internos apaziguaram o clima. Até ao final do mês de Maio. Hoje, no entanto, Seguro não colhe o apoio de mais de 18,2% dos inquiridos, quando se trata de escolher aquele que seria o melhor líder socialista para o momento que o país atravessa. É menos de um terço do número de inquiridos que assume a preferência por Costa.
ELEIÇÕES, JÁ! O actual secretário-geral socialista acabou por assumir o papel de principal rosto da oposição a um governo que conduziu o país ao longo de três anos de aperto financeiro contínuo e progressivo. Mas, com o salto em frente de António Costa, esse tempo terá chegado ao fim, na opinião de quase dois terços dos inquiridos. O presidente da câmara de Lisboa avançou para disputar o leme do partido; Seguro elevou o tom - "Habituem-se, porque isto mudou" - e surpreendeu, ao propor eleições primárias, não para secretário-geral, mas para o lugar de candidato a primeiro-ministro do PS. Entre ajustes de posição, vão passando os dias, e isso não agrada aos eleitores.
A maioria (56,3%) defende a marcação de eleições internas imediatas.
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