A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou hoje que o Governo tentou um consenso com o PS que «infelizmente não foi possível», lamentando que aquele partido não explique como está comprometido com as metas orçamentais acordadas.
«A diferença é que o Governo explica como está comprometido e o PS não explica. As entidades internacionais e até as agências de rating têm realçado que seria importante ter alguma visibilidade sobre quais são os compromissos do maior partido da oposição», disse Maria Luís Albuquerque, hoje na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
«O Governo tentou esse consenso, infelizmente não foi possível. Foi mais difícil, mas, felizmente, isso não nos impediu na mesma de alcançar os objetivos», rematou a ministra de Estado e das Finanças.
O Governo comprometeu-se com os credores internacionais com uma meta do défice orçamental de 4% em 2014 e de 2,5% em 2015, as quais estão reiteradas do Documento de Estratégia Orçamental (DEO).
A ministra das Finanças está hoje na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública, onde está a ser ouvida pelos deputados sobre o DEO, apresentado pelo Governo a 30 de abril, no último dia do prazo para entregar o documento à Assembleia da República e a Bruxelas.
No DEO, o executivo prevê um aumento da taxa normal do IVA para 23,25% e um aumento dos descontos dos trabalhadores para a Segurança Social. Além disso, no documento, que define as linhas de orientação para as políticas com incidência orçamental até 2018, está ainda previsto que os cortes salariais na função pública comecem a ser devolvidos de forma gradual.
«Lusa»
Sem comentários:
Enviar um comentário