quarta-feira, 19 de março de 2014

"Divergências insanáveis" impedem consenso entre Governo e PS

"Divergências insanáveis" sobre a estratégia de consolidação das contas públicas impedem qualquer consenso entre Governo e o PS para o período pós-troika.
 Ao fim de três horas de reunião com Passos Coelho, António José Seguro assumiu que o encontro "não foi fácil" e que há uma "divergência insanável" entre PS e Governo: "Consideramos que o país deve equilibrar as contas públicas, e há um grande consenso no país a esse propósito. O modo, o caminho, a estratégia é aquilo que nos opõe ao Governo. E não opõe hoje, opõe desde sempre", disse Seguro à saída da reunião em São Bento.
O líder da oposição cumpriu assim o seu "dever institucional", como tinha antecipado e diz estar convencido de que a democracia sai "privilegiada" com esta divergência. Seguro rejeita mesmo que a falta de consenso prejudique o país: "Não vejo como Portugal pode ser prejudicado porque não há incerteza sobre o objectivo central", ou seja, a consolidação das contas.
Seguro não antecipou qual será a forma escolhida pelo Governo para a saída do programa, nem se isso terá ou não sido revelado pelo primeiro-ministro. Disse apenas que é "obrigação do Governo, depois dos sacríficos, criar as condições para regressar aos mercados sem necessidade de qualquer apoio. Se essas condições não se verificarem o Governo deve explicações aos portugueses e perante esse cenário" deverão ser avaliadas as opções.
Passos Coelho convidou na passada sexta-feira, por carta, o principal partido da oposição para analisar "o processo de conclusão do programa de assistência financeira" e para a construção de uma "estratégia de médio prazo", considerando que "um entendimento político alargado sobre esta estratégia pós-troika" poderia "beneficiar significativamente as perspectivas de crescimento e emprego para a economia portuguesa e para os portugueses".
«DE»

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