segunda-feira, 8 de julho de 2013

Quem ganhar o município terá de começar a amortizar o empréstimo e, aí é que "vai ser o elas"

Não estou a negar que a situação fosse essa. A realidade é que fosse a CDU, fosse o PS a ganhar a câmara, Alpiarça teria de recorrer ao PSF.
O PSF está aí e relembro que durante este tempo esteve sob período de carência.
Período de carência significa que não há amortizações, mas também significou que o dinheiro disponibilizado pelo PSF tinha de ser utilizado num fim específico: pagar dívidas de médio e longo prazo.
Boa gestão teria sido exigir a baixa de juros, que como já foi abordado, houve municípios a seguir que recorreram a mecanismos semelhantes e pagam menos.
E boa gestão teria sido amortizar a dívida antecipadamente em vez de fazer obras eleitorais de fachada.
Para que fique claro dou-lhe um exemplo.
Havia, e há famílias que compravam carros, passeavam pelo mundo, compravam scooters para os filhos, etc... gastando mais do que recebiam dos salários.
Por isso, acabaram, tal como a câmara de Alpiarça falida.
O que foi feito em muitos casos para resolver a situação?
Re-hipotecaram a casa, com um empréstimo a longo prazo, mas os bancos exigiram que o dinheiro concedido a mais fosse para pagar a prestação dos carros, os cartões de crédito em atraso, os múltiplos créditos pessoais a 2 ou 3 anos.
Resultado?
Ficaram com uma mensalidade comportável com o rendimento familiar.
Mais ou menos o que aconteceu em Alpiarça com o PSF.
Foi concedido um crédito, mas com finalidade específica: pagar tudo o que havia de crédito vencido a médio e longo prazo.
Mas mais... O recurso ao PSF obriga a regras rígidas de gestão e a prestar contas rigorosas e periódicas à entidade que o concedeu.
Daí a confusão com a taxa do IMI. O executivo CDU alegava que teria de aprovar 0,5% para cumprir as premissas do PSF.
Por isso digo que não há grande mérito nesta gestão. Mérito haveria, tal como o casal do exemplo, amortizar antecipadamente o empréstimo para liberar num caso o município e no outro a hipoteca sobre o imóvel.
Ora nada disto aconteceu, ao que se sabe, e nos próximos anos, quem ganhar o município terá de começar a amortizar o empréstimo e, aí é que "vai ser o elas"
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1 comentário:

  1. Não pode haver sol na eira e chuva no nabal

    Não sou político, não sou economista, nem gestor, nem financeiro, mas isto é a conversa da treta. Parece a história da carochinha. Este comentário é claramente escrito por um arrependido da CDU que agora saltou para o TPA. Defende o PSF com unhas e dentes, mas depois dá-lhe a volta.

    Claro que foi espectacular ter o um PSF para credibilizar a câmara de Alpiarça.

    Claro que era espectacular uns deixarem 13 milhões de dívidas criadas ao longo de 12 anos e agora uma câmara falida pagar a dívida em 4 anos.

    Claro que nem se pagava a Obra do Museu, nem o Centro Escolar, nem se fazia mais nada, todas as receitas da câmara seriam canalizadas para pagar dívida.

    Depois de altas críticas por estes não fazerem nada, vinha alguém a seguir armado em D. Sebastião, e livre de dívidas era só lançar ideias e promessas.

    CDU, PS ou TPA vão todos passar as mesmas dificuldades. A Lei das Finanças Locais que vai ser promulgada pelo nosso PR, vai ROUBAR (é a palavra certa) 20% das receitas às autarquias. Câmaras e Juntas de Freguesia vão ficar a tinir, não vão ter dinheiro para mandar cantar um cego.

    Podem escrever lindos e floreados Programas Eleitorais, porque ninguém os vai cumprir, quando lá chegarem (que ganhe o melhor) todos irão deparar-se com o mesmo cenário: duas gavetas cheias - uma de nada e outra de coisa nenhuma.

    Mas ok. Tenham Esperança. Enquanto há Esperança há Vida.





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