"António
Borges, dirigente da Goldman Sachs entre 2000 e 2008, foi diretor do
Fundo Monetário Internacional, em 2010, funções que o levaram a
supervisionar alguns dos maiores empréstimos da história da instituição:
à Grécia e à Irlanda".
No livro "O Banco. Como o Goldman
Sachs dirige o Mundo", o jornalista belga, Marc Roche, correspondente do
Le Monde em Londres, refere que o banco norte-americano "está por
detrás da atual crise financeira".
O autor estará em Portugal nos próximos dias 30 e 31 de maio para apresentar a obra.
Esta grande investigação, lançada originalmente em 2010, tem um protagonista português: António Borges.
O
alto quadro do PSD já foi vice-governador do Banco de Portugal, esteve
oito anos no Goldman Sachs, foi presidente do lobby mundial dos hedge
funds (Hedge Fund Standards Board) e esteve um ano na direção do FMI
para a Europa.
O economista saiu de forma algo precipitada do Fundo no final do ano passado.
Regressou
depois aos quadros do grupo Jerónimo Martins, como administrador
não-executivo. Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, confiou-lhe
entretanto a liderança da comissão de acompanhamento das privatizações,
cargo que lhe permitirá gerir de forma privilegiada a venda dos mais
mais de cinco mil milhões de ativos que o Estado controla em empresas e
serviços públicos.
Marc Roche defende que "o Banco está em todo o
lado: a falência do banco Lehman Brothers, a crise grega, a queda do
euro, a resistência da finança e até a maré negra do golfo do México",
refere a apresentação do livro.
«DV»
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