As ‘traições’ do PS/Alpiarça para com António Moreira

O PCP/Alpiarça tem o seu ‘controleiro’. Chama-se Octávio Augusto e é este homem que determina as regras do jogo colocando o partido na frente de tudo e de todos. Todos sabemos qual o seu papel na politica alpiarcense. Ele não esconde nada de ninguém mas também não se esconde de ninguém

Possamos gostar ou não dele e do seu ingrato cargo. Octávio Augusto limita-se a cumprir as regras do jogo determinadas à partida e impostas pelo PCP.

Os eleitos tem que se sujeitar  às regras impostas e não podem desrespeitar as normas interna.

Apenas o PCP  usa este tipo de ‘Controleiro’ que estão espalhados por tudo que seja sítio, isto é: onde estiver o PCP está um ‘controleiro’.

Um partido com ideias arcaicas e ortodoxas que como a Igreja Católica tem dificuldade em actualizar-se com os tempos modernos.

Mas para agora é ‘mal menor’

Infelizmente há outros partidos, ditos democráticos, onde não há ‘controleiros’ mas que tem pessoas poderosas e dominadoras a quem ninguém se pode impor e muito menos contrariar e, se for preciso: até tem que engolir ‘sapos vivos’ ou às vezes chorar lágrimas bem amargas até ao ponto que se fartem deste tipo de gente mandando-os para outro sitio porque ficaram fartos de ser ‘pisados’ e enxovalhados.

Foi isto que aconteceu com António da Conceição Moreira.

O PS/Alpiarça não tem controleiros mas tem um homem que mexe todos os cordelinhos internos na respectiva concelhia.

Um homem que apoquentou e enfrentou quem tem tentava contrariar as suas directivas depois de dezenas de anos dedicados à causa.

Tudo tem um limite na vida de um homem com ideias e vontade de trabalhar mas que é permanentemente desautorizado pela simples razão que um dia pensou expor as suas opiniões ao serviço da comunidade.

António Moreira teve que ‘engolir muitos sapos’ e algumas vezes humilhado perante o poder de outros que se julgam ser superiores e donos do mundo.

O ‘rebentar do balão’ deu-se com as últimas eleições internas da Concelhia do Partido Socialista onde António Moreira teve que aceitar e gramar aquilo que não queria mesmo que fosse presidente da Concelhia.

Toda a trapalhada que envolveu as eleições dos socialistas Regina Ferreira e Pedro Gaspar foram o ‘transbordar do copo’.

Uma trapalhada em que António Moreira foi ‘pisado’ por quem não tinha o direito de o fazer porque apenas queria retirar da corrida eleitoral Regina Ferreira para ganhar o actual candidato a presidente da Câmara pelo Partido Socialista.

Ontem quando da reportagem que fizemos à apresentação dos candidatos do movimento ‘Todos Por Alpiarça’ perguntamos-lhe ‘olhos nos olhos’ a António Moreira as razões da ‘cambalhota’ e dissemos-lhe das nossa discordância porquanto sempre o consideramos um homem sério e trabalhador e um verdadeiro socialista.

As suas palavras emocionaram-nos porque o ‘homem do Casalinho’ e mais alguns comparsas fizeram-lhe a ‘vida negra’ deixando-o com a sua alma ferida porque quase fizeram com que fosse ‘escorraçado’ do partido que tanto amava e dos princípios que defendia e que acreditava.

Nem a dignidade de António Moreira foi respeitada na casa socialista alpiarcense. Foi usado a belo prazer por  quem não mandava na estrutura local mas que contínua a ter um enorme peso nas decisões que ali se tomam como se os militantes sejam todos uns ‘paus mandados’.

Muitos ‘rebuçados envenenados foram dados ao Moreira e muitas ‘rasteiras’ lhe passaram.

Quis a ironia do destino que a verdade viesse parar às suas mãos por via de troca de mensagens vindas do emaranhado caminho que é a baixa política.

António Moreira é um ‘diamante bruto’ que está por lapidar.

 Espero que o movimento ‘Todos Por Alpiarça’ saiba talhar a riqueza e o muito que Moreira ainda tem para dar a Alpiarça.

Agora os dias são longos e as noites pequenas.

Numa destas tarde bem quentes, que virão para nosso assombro, vou convidar o Moreira, agora candidato a vice-presidente da Câmara, a passar uma tarde comigo junto das marachas do Tejo na companhia de um gravador para que me conte o seu ‘calvário’ e me abra algumas folhas do livro que ontem esteve prestes a deixar-me ler mas o momento menos oportuno e os ouvidos curiosos impediram que tal acontecesse.

António Moreira que serviu Alpiarça durante anos não merecia o que alguns socialistas lhe fizeram.

Debaixo de um Salgueiro olhando o Tejo a descer faremos os dois com que a amargura que atormenta este homem saia cá para fora para que possamos saber a quem estivemos ou estamos entregues.

Por: António Centeio