sábado, 2 de março de 2013

Salários: empresas pagam 100%. TSU e IRS levam mais de metade

 Os trabalhadores já estão a sentir na pele a subida do IRS e o corte do rendimento disponível. Mas do lado das empresas - agora que a prioridade do ajustamento se virou para o crescimento baseado no investimento - os custos com cada trabalhador não baixaram, mantiveram-se. O problema é que com menos dinheiro na carteira há menos capacidade para consumir o que as empresas produzem e precisam de vender.
A frieza dos números não deixa dúvidas. Um trabalhador com um salário a rondar os 500 euros consegue, no máximo, ficar com 71,9% daquilo que a empresa gasta com a sua remuneração (incluindo a taxa social única). Mas se ganhar 2330 euros brutos, receberá menos de metade do valor efetivamente pago pela entidade empregadora. Em 2012, era preciso ter um salário bruto da ordem dos quatro mil euros mensais para ver metade sumir-se em direção aos cofres do Estado. E se ganhar 10 mil euros /mês (que custam à empresa 12 375 euros)? Bem, nesse caso 62% ficam para o Estado.
Esta situação reflete sobretudo o impacto da subida do IRS (tabelas de retenção na fonte e sobretaxa de 3,5%), uma vez que as contribuições para a Segurança Social se mantiverem inalteradas. Toda esta realidade não passa despercebida às empresas, que se deparam com uma retração cada vez maior do consumo interno, apesar de continuarem a pagar o mesmo a cada trabalhador. O problema é que entre a folha de cálculo da remuneração mensal da empresa e o valor creditado na conta do funcionário uma boa parte "perde-se" nos cofres do Estado. Este sistema acaba por chocar com a reorientação de estratégia que o governo agora defende, no sentido de apostar no investimento privado gerador de emprego. 
«DV»

2 comentários:

  1. Tudo isto é bem feito, ainda havia de ser pior...NÃO VOTASSEM NELES. Nos amigos que os defendem a maioria dos independentes, o PS, PSD,CDS-PP , os abstencionistas que não votando contra ajudam a maioria, seja ela qual for e os difamadores e aldrabões todos no mesmo saco tem culpas neste estado de coisas.Agora digam que eu sou comunista, não posso ser BE que tambám não tem culpas no cartório.

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  2. O Sr. quando falar no BE terá que se por em sentido. Francisco Louçã foi o único deputado português que saiu do Parlamento como entrou, ou seja, sem subsídios ou reformas. Deu uma bofetada sem luva a todos deputados da nação e especialmente aos do seu partido.

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