Artigo de Opinião
Por: Sommer
Não consigo olhar para esta foto sem sentir para além de nostalgia um sentimento de profunda tristeza por ver ao ponto a que chegou um edifício emblemático de Alpiarça. Este velho edifício é sem qualquer dúvida um dos ex-libris de Alpiarça, talvez em segundo lugar, logo a seguir ao Museu dos Patudos, antiga habitação de José Relvas.
Não consigo olhar para esta foto sem sentir para além de nostalgia um sentimento de profunda tristeza por ver ao ponto a que chegou um edifício emblemático de Alpiarça. Este velho edifício é sem qualquer dúvida um dos ex-libris de Alpiarça, talvez em segundo lugar, logo a seguir ao Museu dos Patudos, antiga habitação de José Relvas.
O secular edifício não aparenta a grandeza que possui por ficar tapado
pelos altos edifícios em redor, mas não sei se há outro igual ou
semelhante em Portugal com os seus torreões a lembrarem a Igreja de S.
Basílio - Kremlin - Moscovo. Outrora chamado de Administração por ali funcionar
durante muitos anos a Câmara Municipal, Finanças, Tesouraria da Fazenda
Pública, Notário e Conservatória, já esteve totalmente reabilitado quer interior quer exteriormente pelo executivo antes
da chegada ao poder de Rosa do Céu, e ali já funcionou a o Centro
de Cultura e a 1.ª Biblioteca Municipal de Alpiarça, mas agora está numa
degradação que mete dó, fazendo lembrar um pouco o que se passa por essa
Alpiarça fora onde as suas gentes perderam o brio de outros tempos em
que as fachadas das suas casas metiam faziam inveja a terras vizinhas.
Voltando ao tema, quis o infortúnio e a falta de visão do executivo
liderado por Rosa do Céu que um dos torreões revestido a "gomos" de
chumbo/estanho começasse a levantar algumas chapas e em vez de reparado
(bastaria soldadura a estanho) foi mandado ao chão com toda a estrutura
interior em madeira que lhe serve de moldura e suporte.
Admirável, ou talvez não, como um vereador que até era bacharel em engenharia civil coadjuvado pelos serviços técnicos da autarquia cometeram tal burrice, mas enfim... perdoa-lhes Senhor que eles não sabem o que fazem!
Admirável, ou talvez não, como um vereador que até era bacharel em engenharia civil coadjuvado pelos serviços técnicos da autarquia cometeram tal burrice, mas enfim... perdoa-lhes Senhor que eles não sabem o que fazem!
Não resta agora outra coisa ao executivo alpiarcense, seja ele
comunista, socialista ou anarquista, do que apelar aos bons ofícios do
ministério que tutela a GNR, que ali mantém o seu aquartelamento há
dezenas de anos, para que ajude com uns bons milhares de euros do estado
ou de fundos comunitários, para restituir àquele velho edifício a
dignidade que ele não só merece, como tem direito.
ResponderEliminarQue pena um edifício emblemático de Alpiarça esteja a estragar-se dia após dia e que tanto significado tem para os alpiarcenses para além da sua localização e de fazer parte do património municipal.
A Câmara podia tentar arranjar o mesmo sem gastar um cêntimo. Basta que convide uma empresa disposta a fazer obras de conservação ao abrigo da Lei do Mecenato.
Muitas Câmaras salvam o seu património ao abrigo desta lei porque beneficia as empresas no IRC. São exemplos as grandes limpezas dos monumentos que existem em muitas cidades
deste país.