Trabalhadores da administração local iniciram ontem (dia 1) uma greve às horas extraordinárias e aos feriados por tempo indeterminado contra a redução do pagamento do trabalho extra e o consequente impacto da medida nos serviços prestados às populações.
A
greve que hoje tem início abrange todos os trabalhadores do setor da
administração local, ou seja, funcionários das câmaras, das juntas e de
empresas municipais, associações e Sapadores Bombeiros e Polícia
Municipal.
Segundo o vice-presidente do Sindicato dos
Trabalhadores da Administração Local (STAL), José Correia, esta greve às
horas extraordinárias e feriados pode prolongar-se por “todo o ano”.
José
Correia salientou que com esta greve os trabalhadores pretendem
“demonstrar um descontentamento latente” quanto à redução do valor do
trabalho extraordinário, que, com a entrada em vigor do Orçamento do
Estado para o próximo ano “fica equiparado ao valor normal do trabalho”.
Por
outro lado, o sindicalista alertou para a possível diminuição da
qualidade dos serviços prestados à população na administração local, uma
vez que sem novas contratações e com a redução do valor do trabalho
extraordinário é “possível que certos serviços entrem em rotura”, da
jardinagem ao lixo, das brigadas da água à proteção civil.
“A
imposição da redução do número de trabalhadores nas câmaras municipais
tem um impacto brutal em todos os serviços prestados à população. E é a
população que sai afetada”, afirmou.
Além disso, o vice-presidente
do STAL considerou que estas medidas constituem uma “tentativa
deliberada de privatizar” serviços municipais, porque as autarquias têm
de recorrer a empresas externas para realizar esses trabalhos.
« Lusa»
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