Está anunciada a presença do primeiro-ministro a 1 e 2
de Julho no 5.º Congresso da Associação Cristã de Empresários e
Gestores (ACEGE). A seu lado participarão, para além do mais alto
responsável pela hierarquia da Igreja Católica em Portugal,
representantes de alguns dos principais grupos económicos «portugueses»:
Grupo José de Mello; Espírito Santo Saúde; Brisa; Millenium BCP; MLGTS
(sociedade de advogados); entre outros. Se julgam que é por uma
promiscua e ilustrativa comunhão de interesses que, grande capital,
hierarquia da Igreja e Governo, se reúnem, desenganem-se. É por amor!
Isso mesmo, «amor ao próximo como critério de gestão» é o lema do
congresso.
António Pinto Leite – presidente da ACEGE – explica: «Pode parecer místico ou ingénuo, mas é um critério de grande solidez operacional e pragmático porque significa tratar os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar deles». E quem está no lugar deles?
Pois no «lugar deles» estão os que perderam o emprego, os que foram assaltados no salário ou nos subsídios de férias e de Natal. Estão os que não têm dinheiro para pagar as taxas moderadoras, os medicamentos, a electricidade, ou mesmo a própria comida. Estão os que podem vir a ser despedidos, aqueles a quem querem pôr a trabalhar mais dias sem receber. Estão os trabalhadores e o povo português, muitos deles católicos, a quem o Governo de serviço está a empobrecer vertiginosamente e a quem o grande capital está a sugar o sangue por via do agravamento da exploração.
O verdadeiro «amor ao próximo» que está implícito neste conclave, é o amor à próxima privatização, à próxima machadada no Serviço Nacional de Saúde, aos próximos milhares de milhões de euros de recursos públicos que querem desviar para saciar os lucros dos seus impérios. A «ética» que alguns invocam não resolve, nem resolverá, aquilo que está na natureza do sistema capitalista e da classe que dele se serve. A política de direita não promove o amor, mas sim o ódio aos direitos e à dignidade da pessoa humana. O pacto de agressão que está em curso não conduzirá o País para o Céu, aproxima-o isso sim, cada vez mais do Inferno.
Contra os que gostariam de ver o povo ajoelhado, lutemos para que este se levante!
Fonte«Jornal Avante»
António Pinto Leite – presidente da ACEGE – explica: «Pode parecer místico ou ingénuo, mas é um critério de grande solidez operacional e pragmático porque significa tratar os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar deles». E quem está no lugar deles?
Pois no «lugar deles» estão os que perderam o emprego, os que foram assaltados no salário ou nos subsídios de férias e de Natal. Estão os que não têm dinheiro para pagar as taxas moderadoras, os medicamentos, a electricidade, ou mesmo a própria comida. Estão os que podem vir a ser despedidos, aqueles a quem querem pôr a trabalhar mais dias sem receber. Estão os trabalhadores e o povo português, muitos deles católicos, a quem o Governo de serviço está a empobrecer vertiginosamente e a quem o grande capital está a sugar o sangue por via do agravamento da exploração.
O verdadeiro «amor ao próximo» que está implícito neste conclave, é o amor à próxima privatização, à próxima machadada no Serviço Nacional de Saúde, aos próximos milhares de milhões de euros de recursos públicos que querem desviar para saciar os lucros dos seus impérios. A «ética» que alguns invocam não resolve, nem resolverá, aquilo que está na natureza do sistema capitalista e da classe que dele se serve. A política de direita não promove o amor, mas sim o ódio aos direitos e à dignidade da pessoa humana. O pacto de agressão que está em curso não conduzirá o País para o Céu, aproxima-o isso sim, cada vez mais do Inferno.
Contra os que gostariam de ver o povo ajoelhado, lutemos para que este se levante!
Fonte«Jornal Avante»
D.S.
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