Para encerrar o antigo ciclo, Sócrates demitiu-se dos cargos dirigentes do PS, renunciou ao mandato de deputado e anunciou que vai cursar para Paris.
Um real cultor da economia de esforços ficaria por aí. Mas não, Cavaco Silva deixou-se levedar pela fúria e pelo ressentimento, quiçá pelo remorso de não ter agido por forma mais sanguínea. Fez mal. A não ser que este Prefácio seja um tiro de aviso curvo dirigido ao actual governo de Passos Coelho e aos seus apaniguados fundamentalistas.
Não faltarão matérias para assassinar politicamente Passos na hora de selar o Posfácio: um governo organicamente mal concebido, uma forma amadora e até incompetente de tomar decisões sobre cortes na função pública, nas reformas e pensões, nos feriados, na previsão do destino das receitas no caso da Lusoponte, na submissão aos lóbis das privatizações, na incúria na procura de meios para uma política de crescimento económico. Prevejo que Passos acabará por ir estudar chinês.
De um leitor
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