sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não há governo nem sociedade alguma que aguente os falsos desempregados

Artigo de Opinião:
Por: Antaeus


Carlos é um excelente pedreiro. Apenas possui um defeito: é resmungão que se farta, feitio que às vezes lhe dá alguns problemas especialmente para quem o não conhece. Trabalhou durante dois anos para a firma “Borcen” sendo considerado o “melhor artista” no assentamento de mosaicos.

Certo dia o patrão determinou-lhe um serviço que não foi de seu agrado e toca a resmungar. Como o empregador também não estava bem disposto, depois de ouvir a resmunguice do empregado disse-lhe que a «relação entre patrão e empregado» acabou naquele momento. Aconselhou-o a ir directamente ao «escritório fazer contas».

Carlos levou uma carta de despedimento que lhe deu direito durante algum tempo a viver do “subsídio de desemprego”. Enquanto recebeu esta ajuda estatal pouco ou nada se preocupou em procurar trabalho. Quando esta “regalia” estava a chegar ao fim de validade, por obra divina, o governo entendeu renová-la por mais algum tempo.

Saiu a “lotaria” ao Carlos que viu os rendimentos por “Conta do Estado” garantidos durante mais alguns meses.

Continuando a receber o “subsidio de desemprego” Carlos não está muito interessado em procurar trabalho porque para esta missão, segundo o seu ponto de vista, existe o denominado “Centro de Emprego”.

Então Carlos arrendou dez hectares de terrenos ali para os lados “do “Patacão” onde tem a sua “seara de melão” e subarrendado outro «pequeno terreno onde tem o seu milheiral”
Carlos pensa meter ao bolso alguns milhares de euros, como lucro, depois de ter vendido os «seus melões e o milho».

Logo guardados os respectivos lucros faz questão de comprar um “Jipe” e ir de férias com a esposa para o “Sul de Espanha”.

Nas horas vagas, Carmelinda, que sua esposa é «toma conta da rega e da seara» porque Carlos durante o dia «faz uns biscates para quem precisa dos seus préstimos serviços» cobrando bem caro a sua mão-de-obra em virtude de ser um excelente pedreiro, mesmo não estando colectado e muito menos passar qualquer tipo de documento.
Não bastasse, aos fins-de-semana também faz os seus serviços extras cobrando nestes dias o dobro daquilo que cobra durante a semana.

Na verdade, não há governo nem sociedade alguma que consiga suportar este tipo de gente por muito tempo, mesmo continuando a “Borcen” procurando “artistas” como o Carlos não os encontrando em parte alguma e muito menos no “Centro de Emprego”


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