Por: Anabela Melão |
O comendador Marques Mendes afirma-se impressionado com a "subserviência a Ricardo Salgado. Não houve uma palavra de condenação aos que deixaram o banco de forma ruinosa", e mais "os nossos queridos deputados não criticaram aqueles que são poderosos e influentes da sociedade e a culpa não pode morrer solteira".
Disparando em todos os sentidos, que, do alto do seu metro e meio, as vistas são curtas, é peremptório: “Para os partidos da maioria, PSD e CDS, há uma demagogia barata, preocuparam-se tanto com os pequenos acionistas, mas é preciso chamar a atenção que foram eles que assinaram a lei em que acordava que todos ficavam responsáveis por pagar e deviam lembrar-se da verdade. O Partido Socialista está a ser hipócrita e deveriam lembrar-se da altura do BPN, a memória não pode ser curta”.
“Os nossos queridos deputados não criticaram aqueles que são os poderosos e influentes da sociedade. É preciso condenar aqueles que agiram mal. O país precisa de ter deputados que são firmes com os fortes e influentes. Gostava de ter visto uma palavra firme de condenação. Bater nos fraquinhos é fácil”.
Quanto à culpabilização e investigação, para Marques Mendes já deviam existir uns quantos atrás das grades! “Ainda nem sei se já começou alguma investigação, se fosse noutros países já alguém estava detido. Acho que é um caso de justiça, há indícios de crime e a justiça tem que agir com rigor e profundidade. Há pelo menos uma gestão ruinosa, agora saber se há crime ou não, a culpa não pode morrer solteira”.
Estranho tanta moralidade e um súbito ataque à justiceiro, e, sobretudo, estranha-se a exigência de prisão para uns quantos! É que, seguindo este mesmo critério, muitos dos seus amigos estavam na ala VIP da Carregueira, a bronzearem-se com o sol metricamente desenhado em quadradinhos! «Pimento no rabo dos outros é refresco» como se diz no Brasil.
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